vinte e três.

Por algum tempo, julguei que finalmente tinha conseguido esquecer-te mas, inevitavelmente, não consegui.
Não consigo simplesmente explicar o facto de a tua ausência me afectar tanto, passaram-se quase 5 meses desde que tu e eu (acho "engraçado" o facto de ainda não conseguir pronunciar esta palavra...) e, ainda permaneces na minha mente frequentemente, penso em ti constantemente...
Chegou o dia que eu mais temia, dia 23 de Outubro (dois anos de namoro). Nesse dia acordei e pensei para mim própria:" calma vânia, faz de conta que este dia nem existe, vai ser um bom, alias, óptimo dia!" mas, estava redondamente enganada. Durante este dia, as memórias teimaram em me atormentar, desejei mais ainda que em todos os outros dias fosses meu, desejei poder estar contigo a comemorar este dia especial, relembrei tudo o que estavamos a fazer à precisamente um ano atrás mas, lá no fundo, não passavam de desejos (incapazes de serem realizados).
Talvez, neste momento, me achem exagerada quando uso a palavra 'amo-te' para expressar o que sinto por ti após estes 5 meses longe de ti mas, na verdade, iria estar a mentir se dissesse que não te amo, porque na verdade é o que eu realmente sinto, e toda a gente sabe disso, até tu o sabes (ou devias saber...).
Não posso pedir que voltes pois, é a coisa mais impossível que posso querer ter este momento, só peço que me ames, quase tanto quanto eu te amo...
Não te odeio pelo facto de ter sofrido (e sofrer) por ti, bem pelo contrário, e, como eu digo, se todas as coisas que desejámos fossem nossas o mundo perderia o interesse pois, não dariamos valor a nada, por isso, vou deixar o tempo passar, e lutar por ti, sempre que possível (quer tu queiras, ou não).
Desculpa, mas precisava de indirectamente te dizer isto, já que me falta a coragem sempre que o tento dizer-te cara-a-cara; Desculpa se alguma vez errei, mas não sou perfeita, ninguém o é.
"Quando percebi o teu verdadeiro valor, já o meu comboio partira e vira-te, cada vez mais distante de mim, a dizer adeus"
amo-te (até quando não sei e, sinceramente? não quero saber...).